Dois corpos e duas almas

Toca-me. Agarra-me nos cabelos e beija-me. Rasga-me a roupa. Olha-me nos olhos, tu sabes o que quero, deixo-o transparecer. Mordo-te o lábio e pego-te na mão levando-a a deslizar pelos recantos mais escondidos do meu corpo. Sê explorador. Sussura-me palavras ao ouvido, sem pudores, sabes que gosto. Olha para mim, nua e indefesa. Eu sei que me desejas, vejo-o no teu olhar, na tua boca. Sinto-me invadida por um desejo ardente, as roupas que cobrem esse teu corpo fazem-me imaginar o que está por baixo. Transformo-me num animal selvagem em busca da sua presa, dispo-te dos pés à cabeça e observo-te como se fosse a primeira vez. Ficamos assim por uns momentos, nus, frente um ao outro. O meu olhar perde-se em cada centimetro teu, as minhas mãos vão percorrendo os teus músculos e a minha boca pede um beijo. Olho-te nos olhos e digo "Quero-te, quero unir-me a ti na totalidade, quero que sejamos um só". Esboças um sorriso.  Quero falar mas tu metes-me o dedo indicador no meio dos meus lábios molhados e dizes-me "Hoje vamos ser um só, é esse o teu desejo, é esse o meu desejo". O meu coração acelera, fico num estado de excitação profunda, quero ter-te agora. Notas que estou impaciente e afirmas, sem vacilar "Tem calma amor, desfruta deste momento". Afasto-me uns centimetros e olho-te de cima a baixo. Volto a aproximar-me e desta vez vou direita à tua boca. Beijo-te como nunca te tinha beijado, as minhas mãos ficam descontroladas e só te querem agarrar. Agarras-me, dizes novamente para ter calma. Olho-te nos olhos uma última vez e digo-te "Não! Hoje és meu, por isso cala-te e deixa-me beijar-te, deixa-me unir-me a ti de corpo e alma"

Assim uniram-se dois corpos e duas almas,

 num momento cheio de prazer